sábado

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estava eu em mim no meio do espaço verde e molhado da chuva                o cão branco, todo ele branco a segurar os olhos de cor, entra por mim a dentro para o caminho da floresta. Eu olho e paro e mexo o meu corpo. Não tinha em mim a intenção de estar com ele. Mas estar nele através da floresta. E que a floresta nos aproxima-se sem nos fazer tocar. assim fiquei e fui embora a observar o verde que saiu das árvores e encontrou-se com o branco.     A situação das cores era frágil e forte. Estava o desdobramento, ao mesmo tempo a sincronização a acontecer. Estavam os caminhos a caminhar em várias direcções, todas se seguiam e regiam pelos raios. Das árvores e do sol. Veio a força menor levar a fragilidade maior para junto de si, sem o encontro terminar
Agora já não havia maior ou menor. Acontecia o acontecer de ser uma forma sem forma infinita





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terça-feira

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# 27  2010
29,7 x 422 cm
Gravura e guache

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# 26  2010
29,7 x 42 cm
Gravura e pastel seco


sábado

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hoje é o dia de amanhã   aberto




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quinta-feira

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não os ouvidos do corpo que ouvem ou fazem ouvir, é a outra voz que tem o corpo - a dobra da chuva que cai para parar ou então corre para um espaço que se junta ao tempo. É sim a união da chuva e do sol que faz o que se vê, com a abertura e a direcção. Sabias já de ti antes de chegares, o manto verde também ele tem amarelo e colinas a subir a terra. tem alguns veios onde o homem leva os pés e o corpo vai e está. não vai da solidão, mas com a companhia de estar em si. A demora tinha já passado e retomava a sua morada perdida no encontro, era o mundo aberto ao meio a deixar-se ver -  pois os corpos que habitem dentro dos troncos estão cá fora à nossa espera


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